
Este é um projeto de longo prazo, nosso objetivo se concentra no aterramento de carbono em um pequeno fragmento de Mata Atlantica onde ja existente uma producao agroecologica familiar, a intervencao nesse fragmento será projetada para que haja a menor intervencao possivel e para contar com recursos tecnologicos que facilitem o manejo cotidiano, ou seja, nesta aventura nos dedicaremos a implementacao de um Sistema Agroflorestal inteligente na zona rural da cidade de Sao Paulo, no Sítio Adalgisa e Manoel, localizado no bairro de Parelheiros.
Veja a localizacao
Para isso, além dos recursos disponiveis na AgroforestDAO, em especial na SAF do Morro da Redencao, pertencente ao mesmo bioma, vamos contar com o apoio do banco de sementes da Escola de Agroecologia de Parelheiros que também poderá garantir a rastreabilidade e qualidade de suas sementes e mudas.
O plantio atual no Sítio Adalgiza e Manoel, assim como na escola é variado, sendo cultivadas muitas PANCS tais como flores comestíveis, peixinho, azedinha, diferentes batatas… Pequenas rocas com milho, feijao, mandioca, amendoin, cabaca; bem como sao cultivadas hortas, com couves, aboboras, tomates, pimentas até ervas aromáticas e medicinais como hortelãs, cidreiras, capins, penicilina, confrei, em ambas matrizes genéticas sao cultivadas muitas espécies frutiferas, bastante bananeiras, cumprindo diferentes funcoes em cada local, frutas cítricas, Ameixa, Cereja do Rio Grande, Jabuticabas… logo, por aptidao climática vamos manter esse padrão de plantio, porém na SAF do Futuro queremos ressaltar a caracterísca desta floresta nativa privilegiando o plantio de Cambuci, uma fruta característica na regiao e importante para a cultura local, onde inclusive, anualmente se promove um grande evento gastronimico reunindo produtores de diferentes lugares do estado, a Rota do Cambuci. Uma curiosidade é que este fruto peculiar, que se parece com uma nave espacial, justamente se desenvolve em condições ideais em sub-bosques de florestas, exatamente como está o fragmento que vamos intervir.
A princípio nosso planejamento segue para realizar o plantio dessas espécies em linha de forma a facilitar o manejo cotidiano e o trabalho com maquinário leve. Vamos utilizar os recursos que estiverem disponíveis, mas nosso interesse é de cada vez mais agregar as solucoes tecnologicas necessárias para facilitar o manejo, aprimorar os metodos de analise de dados, de perceber o impacto da experiencia glocal, e de beneficiar o microclima no ecossistema no presente e no futuro.
Para gerar mais impacto positivo no processo de sequestro de carbono, queremos consorciar e planejar a sucessao do plantio de cambuci a outras espécies tais como, Jussara, Ingá, Ipe, Pitanga, Guapuruvu, entre outras, tanto para cobrir o solo, como amendoin, até gerar cobertura de solo rica em nitrogenio, como guandu.
Após um mapeamento local de outras hortas urbanas, pracas, escolas, associacoes e agroelogógicas na regiao, também gostariamos de conectar e extender a proposta para outros espacos que possam oferecer seguranca na manutencao das hortas ou fragmentos em reprocesso de reflorestamento onde serão cultivados os alimentos.
Vamos fazer o registro onchain dessas experiencias em audio, vídeo e de forma textual. Com este material coletivo serao criadas colecoes de NFT’s para dar visibilidade e disponibilizar meios para outras pessoas, em diferentes lugares do globo, que também desejem regenar o planeta dos impactos humanos, ainda que que de longe, possam participar ativamente e apoiar essas iniciativas glocais. É muito importante dizer que todo esse percurso visa ser imersivo e educativo para as pessoas que ao longo da jornada tomarão contato com essa iniciativa, de modo que possam cada vez mais se interessar e se apropriar de conceitos e ferramentas da web3 e suas camadas, principalmente de emergente Regen.
Mídia Arthivismo
Ao longo deste projeto continuamos com nossas atividades de artivismo digital, veiculando informacoes sobre questoes socioambientais e dando visibilidade para movimentos, eventos e acoes em favor do meio ambiente através das nossas mídias sociais, assim também documentamos nosso percurso e o dessa jornada de incubar o futuro conectar espacos produtivos.
Antecedentes:
O que se passou e ainda está aqui
Essa história comeca em 2019 com um projeto de Acao Cultural chamado Ateliê Vivo iniciado por Thiago Thalles (AgothA), durante sua formacao no Programa Jovem Monitor Cultural, este programa da Secretaria de Cultura de Sao Paulo tem como objetivo capacitar artistas e produtores culturais para atuar com Políticas Publicas em seus próprios territórios, o projeto, que foi realizado num espaco ocioso da area externa de uma biblioteca tinha como objetivo a sensibilizacao ambiental no território e iniciou com chamamentos e secoes de jogos de RPG, evoluiu para aulas e treinos de malabares, apresentacao de contacao de histórias e mediacao de leitura, rodas de conversa, até que a partir dessas atividades culturais, havia se formado um grupo local coeso e disposto a realizar limpezas em pracas e implementar uma horta comunitária em um espaco ocioco na área externa da biblioteca do baiiro. Comecamos realizando feirinhas de trocas de sementes e mudas, preparamos o solo e recebemos criancas das escolas ao redor que vieram plantar seus feijoes.
Uma Sinergia de formas
A segunda edicao do ateliê Vivo foi realizada em 2021 na Escola de Agroecologia de Parelheiros, dessa vez como parte do plano de estágio do curso de Licenciatura em Artes / Teatro do Instituto de Artes da UNESP (Universidade Estadual Paulista), na ocasiao comecamos reproduzindo a mesma estrutura com acoes culturais, envolvendo a oralidades e jogos narrativos, além de sensibilizar e sentir o corpo no espaco com aulas e treinos abertos de malabares, também fizemos mediacao de leitura e demos inicio ao que posteriormente viria a ser uma de nossas principais atividades de Educacao Ambiental, o Ecco Cine Clube, como a propria escola, apesar de recentemente inaugurada já tinha um trabalho substancial e equipe para o manejo da horta pedagógica, aproveitamos a essa ampla sala de aula para energizar o Grupo de Estudos e Práticas de Permacultura, em que além do planejamento e discussao técnica sobre demandas da propria escola e do parque onde esta instalada, realizamos trabalhos manuais e artísticos, colhendo matérias primas, como bambu, argila, terra com diferentes pigmentos, folhas, galhos, e fizemos desde bonecos de argila, multirao de pintura com geotinta, expositores de fotografias, enfeites de natal e outros brinquedos, foram 21 meses de muita diversao e aprendizado.
Este também foi o periodo que comecamos a jogar o game estigmérgico Pega Visao Camps e passamos a produzir mais materiais na web sobre histórias tradicionais, cibernética, e atualidade de forma geral.
Hoje
Por fim chegamos na terceira e atual fase do Atelie Vivo, que desde 2023 vem percorrendo espacos de educacao e cultura promovendo o Ecco Cine Clube e mais recentemete ministrando oficinas de confeccao de fanzine para publicos de todas as idades. Nessas oficinas, passamos por um processo de sensibilizacao, refletimos sobre nossa relacao com o meio e utilizamos materiais simples para expressar nossos pontos de vista.
A partir do material criado podemos avancar para producao de arte digital e criacao de NFT`s que representem acoes regenerativas no mundo real.